Antes de encerrar esta apresentação1 quero expressar, em poucas palavras, o quanto me sinto lisonjeado, feliz e honrado com esta Comenda que me outorga o nosso ilustre Governador Lúcio Alcântara, nesta noite memorável e cheia de significados para mim, sob todos os títulos.

Lisonjeado porque a Medalha da Abolição é a mais alta honraria concedida pelo Estado do Ceará e dignifica e engrandece qualquer cidadã, cidadão ou mesmo instituição que tenha a ventura de com ela ser distinguido ou distinguida.

Feliz porque a Comenda simboliza o reconhecimento do povo do Ceará, legitimamente representado pelo seu ilustre Governador, por meu trabalho de compositor e de instrumentista e nada mais gratificante e vivificador para o artista do que ser aclamado pelo seu povo, fonte primeira de sua inspiração, origem e razão de ser de sua arte;

Honrado porque, analisando a lista dos até agora contemplados com a magnífica Medalha, ao longo dos seus 43 anos de existência, verifico que, além de mim próprio, 3 outros músicos foram com ela agraciados, no caso os grandes maestros Eleazar de Carvalho e Luís Assunção e o virtuoso pianista de Aracati Jacques Klein.

Por outro lado, o Governador Lúcio Alcântara agraciou com a cobiçada Comenda, além de mim, apenas três ilustres cearenses, quais sejam o genial
humorista Renato Aragão; o multimídia (escritor, teatrólogo, jornalista) Manoel Eduardo Pinheiro Campos, nome que é quase uma instituição em termos de imprensa e cultura cearenses; e o nosso ex-governador e atual senador Tasso Jereissati, personalidade que dispensa qualquer comentário, de tão presente que tem sido na vida política e sócio-econômica do Ceará contemporâneo.

Assim sendo, qualquer que seja o grupo em que me enquadre, quer na galeria dos músicos agraciados com a Medalha da Abolição, quer entre os
homenageados pelo Senhor Governador Lúcio Alcântara com a mesma Medalha, tenho todos os motivos para me sentir engrandecido, pois estou na companhia de ilustres e imorredouras personalidades.

Quero dedicar esta honraria, que tanto me vale e envaidece, à memória de meus pais Pedro Luiz Sobrinho e Alcides Vitória de Oliveira. Sinto que, nesta noite de grande emoção para mim, eles estão aqui por perto, como sempre estiveram comigo, incentivando e aplaudindo, ao longo de toda a minha trajetória profissional. Foi assim quando eu era ainda pouco mais que um bebê e dedilhava um tosco e prosaico cavaquinho, nas tardes mornas de minha pequenina Mangabeira, tendo como palco as calçadas da cidade e como platéia meus humildes conterrâneos. E continua sendo assim até hoje, mesmo com eles já em outra dimensão e eu apresentando-me em palcos mais sofisticados e para plateias bem mais exigentes, do Brasil e do exterior.

Autoridades presentes, minhas senhoras, meus senhores, meus colegas artistas, especialmente os músicos integrantes desta primorosa Orquestra Sinfônica, meu querido Maestro Márcio Land, representantes da imprensa, amigos, amigas e familiares, Dra. Beatriz Alcântara, presença marcante no cenário artístico-cultural cearense, minha querida Afonsina, enfim todos os que me honram com suas prestigiosas presenças, e, de modo muito especial, meu caro, ilustre e digno Governador Lúcio Alcântara, meu SINCERO MUITO OBRIGADO.

 

 

 

1 (*) Por ocasião da Cerimônia da entrega da Medalha da Abolição ao homenageado, pelo Exmo. Senhor Governador Lúcio Alcântara, o Violonista Nonato Luiz realizou Concerto de violão, ao lado da primorosa Orquestra Sinfônica Maestro Eleazar de Carvalho, sob a batuta do renomado maestro Márcio Land.